segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Vigia confirma ter visto Gil Rugai deixar cena do crime

18 de fevereiro de 2013 | 17h 44


AE - Agência Estado
Jurados qualificados e exigentes. O futuro de Gil Rugai será decidido por um grupo formado por engenheiro, bancário, funcionário do Banco Central, contador, diretor de escola, funcionário público e assistente de Recursos Humanos. A relação tem cinco homens e duas mulheres, na faixa etária dos 20 aos 50 anos.


O nível profissional dos escolhidos tornará, segundo especialistas, a decisão pela absolvição ou condenação do réu mais técnica e embasada nos fatos colhidos em todo o processo. Para o jurista Luis Flávio Gomes, trata-se de um júri diferenciado. "Essas pessoas não serão facilmente enganadas. Tanto a acusação como a defesa vão ter trabalho para emplacar suas teses", disse.

De terno escuro, cabelos curtos e semblante calmo, Gil Rugai acompanhou do plenário os depoimentos do primeiro dia de julgamento. Sem demonstrar qualquer emoção - nem quando o vigia noturno da rua confirmou tê-lo visto deixar a cena do crime -, o réu ouviu atentamente as explanações de seus advogados e só se movimentou quando imagens da rua onde as mortes ocorreram foram mostradas no telão.

Aos 29 anos, Gil Rugai tem uma vida pacata. Não trabalha nem estuda. Mora com a avó materna em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, e tem como atividades rotineiras apenas andar de bicicleta e ir à missa. Na entrada do Fórum da Barra Funda, por volta das 10 horas desta segunda-feira, Gil disse apenas estar "confiante e tentando se manter confiante". Questionado sobre a tese da acusação, disse que "não há provas contra ele."

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