sábado, 23 de agosto de 2014

O MÉDICO ESTUPRADOR

Foragido desde 2011, médico Roger Abdelmassih é preso no Paraguai25 fotos

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19.ago.2014 - Foto cedida pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) mostra o momento da prisão do ex-médico Roger Abdelmassih na tarde desta terça-feira (19), em Assunção. Abdelmassih estava vivendo no país com a mulher e os dois filhos de três anos em uma luxuosa casa, em uma das áreas mais caras da capital paraguaia. Ele foi condenado a 278 anos de prisão pelo estupro de 39 clientes e de uma funcionária de sua clínica de reprodução assistida em São Paulo, entre os anos de 1995 e 2008 Leia mais
A pena que o ex-médico Roger Abdelmassih cumpre, desde a última quarta-feira (20), "equivale à prisão perpétua", aponta o advogado criminalista Sergei Cobra Arbex. Caso a Justiça não conceda benefícios a Abdelmassih --condenado a 278 anos de prisão por 48 estupros, denunciados por 37 mulheres--, ele terá de cumprir 30 anos de detenção, período máximo permitido pela legislação brasileira. Como o ex-médico completa 71 anos no próximo dia 3 de outubro, ele vai ter 100 anos quando poderá deixar a prisão. Sem possíveis benefícios que a Justiça possa dar a Abdelmassih, cumprir os 30 anos seria o mínimo para que ele consiga ter direito a sair da prisão. A chance de mudança do regime fechado para o semiaberto existe apenas após o cumprimento de dois quintos da pena; ou seja, daqui a 111 anos.
A razão desse período é a base de cálculo, como explica Marco Aurélio Florêncio, professor de Direito Penal do Mackenzie. "Os benefícios do processo de execução, tais como progressão de regime e livramento condicional dar-se-ão em cima da pena total aplicada, 278 anos, e não dos 30 anos, tempo máximo [de detenção]".
No período a cumprir na prisão, já estão incluídos os quatro meses em que ele ficou preso --de 17/8 a 23/12 de 2009, no 40º Distrito Policial, de Vila Santa Maria, em São Paulo. Assim, Abdelmassih tem, hoje, que permanecer recluso por mais 29 anos e oito meses.

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