quarta-feira, 13 de março de 2013

Neste terceiro dia de julgamento prestaram depoimentos os peritos Renato Pattoli, arrolado pela defesa, e Hélio Ramacciotti, testemunha do juízo. A defesa de Mizael dispensou os depoimentos de outras duas testemunhas que seriam ouvidas nesta quarta-feira.
O terceiro dia de júri do caso Mércia começou com o depoimento de Renato Pattoli, perito da Polícia Técnico-Científica, que coordenou os laudos e exames que indicam a participação dos réus no crime. Segundo o G1, o assistente de acusação Alexandre Sá disse que Pattoli entrou em contradição ao dizer que a terra encontrada no sapato de Mizael era incompatível com a do local da represa de Nazaré Paulista, onde o corpo da vítima e o carro foram encontrados. Anteriormente, o perito havia dado outra versão. Mas o perito confirmou a presença de algas da represa no sapato de Mizael.
No depoimento, Pattoli disse, ainda, ter convicção de que os disparos contra Mércia foram feitos de dentro do veículo onde ela foi encontrada morta, da arma de alguém que também estaria no carro. Ele falou que “provavelmente” o carro de Mércia foi empurrado de frente na represa de Nazaré Paulista, onde foi encontrado.
Já no depoimento de Hélio Ramacciotti, perito criminal que analisou o trajeto feito pelo carro do réu no dia dos fatos, a defesa tentou anular o depoimento, questionando dados do laudo elaborado pela perícia. O pedido foi negado pelo juiz Leandro Cano.
- Tudo o que fiz no laudo está dentro das minhas atribuições - disse o perito em depoimento.
A mãe de Mércia, Janete Nakashima, acompanha o terceiro dia de trabalho do tribunal do júri. Ao chegar no Fórum de Guarulhos, ela declarou que acreditava na Justiça.
Mizael é acusado por homicídio triplamente qualificado. Ele alega ser inocente. O crime ocorreu em 23 de maio de 2010, numa represa em Nazaré Paulista. A advogada Mércia, sua ex-namorada, foi atingida dentro do carro por um tiro no rosto. Em seguida, o veículo foi empurrado para dentro de uma represa, onde, segundo a perícia, ela morreu afogada.
O motivo do crime seria, de acordo com a acusação, o fato de Mércia, então com 28 anos, não querer reatar o romance. O veículo de Mércia e o corpo dela foram encontrados, respectivamente, nos dias 10 e 11 de junho de 2010.

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